SERRANITAS DA GRALHEIRA
Maria Helena Coelho Silvestre deixou Lisboa, onde nasceu, e regressou às origens dos seus antepassados par ajudar a criar as Serranitas da Gralheira, para fazer peças de artesanato baseadas nos materiais e artes tradicionais.
O amor que tem à terra dos pais é confessada na permanente memória da avó.
Foi para conhecer esta associação, que leva os mais novos a animar o turismo, ao mesmo tempo que tenta preservar a tradição e a cultura serrana, que O Som da Gente e a Rádio Lafões se deslocou mais uma vez à povoação mais alta do concelho de Cinfães.
A casa tradicional da Gralheira caracteriza-se por paredes grossas, em granito, muitas vezes tosco, dobradas porque os invernos são frios e rigorosos. A cobertura tradicional era em colmo, a palha do centeio.
Os quartos eram pequenos com uma pequena janela. Mobiliário simples. Para além da cama e de uma pequena caixa, para guardar a roupa, havia ainda um berço destinado a embalar os mais novos destas famílias tradicionalmente numerosas.
A cozinha é espaçosa com a boca do forno voltada para a lareira, esta mais funda que o resto da casa, com bancos em redor para receber os amigos nas longas noites dos serões.
É nesta casa tradicional da Gralheira que as Serranitas têm a sua exposição de artesanato com peças para vender aos visitantes ao lado de outras que faziam parte da vida quotidiana dos habitantes da Gralheira.
Fotos:Alcides Riquito