MUSEU DO QUARTZO
De 1961 a 1986, a Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos de Canas de Senhorim explorou quartzo no monte de Santa Luzia, a norte da cidade de Viseu.
Desta exploração resultou um enorme rasgão na paisagem com impacto ambientalmente negativo.
Ficou assim uma pedreira abandonada pela empresa sem que esta tivesse procedido a qualquer trabalho de requalificação.
De qualquer modo, o escarpado deixado pela exploração revela um grande filão de quartzo leitoso como outros que se encontram no nosso país.
Partindo de tudo isto, a Câmara Municipal de Viseu solicitou ao Museu Nacional de História Natural, da Universidade de Lisboa, um projecto para a valorização deste sítio de modo a transforma-lo num geomonumento.
O edifício da autoria do arquitecto Mário Moutinho, ocupa uma área de 1240 metros quadrados.
O museu foi inaugurado em 30 de Abril de 2012, tem entrada livre e está aberto, de terça a domingo das 10 às 12 e da 14 às 17 horas.
A este museu está ligado, desde o início, o nome do geólogo Galopim de Carvalho.
Este professor universitário, licenciado em ciências geológicas e doutorado em Ggeologia é também conhecido como o avô dos dinossauros.
Sobre a história de vida desta personalidade vale a pena aqui referir o que se pode ler na Wikipédia. Este homem já fez de tudo. Foi aprendiz de sapateiro, caixeiro, ferrador de cavalos, alimentou leões em circo, vendeu material de escritório e foi delegado de informação médica.
Hoje realçamos o seu nome como personalidade ligada à defesa do nosso património cultural e científico.
Mais jovem que o professor Galopim de Carvalho e também naturalmente com outra história de vida, mas também ela ligada a estas coisas dos minerais, é a Engª Susana Andrade, a actual Directora do Museu do Quartzo.
Com ela, o auditório da Lafões vai percorrer o museu no próximo programa de O Som da Gente.
Nessa visita, e nos seis núcleos da exposição permanente do museu, é abordada a Terra como fonte de quartzo, o filão deste mineral no monte de Santa Luzia, o quartzo no tempo e na história, as propriedades dos minerais e uma interessante colecção de quartzos vindos dos mais variados e longínquos sítios da Terra.
No primeiro piso há um lugar dedicado aos mais pequenos - Rochas Rochinhas , Minerais e Miúdos - onde as crianças, desde a idade do pré-escolar, podem fazer jogos e realizar algumas experiências.
Ainda neste piso, temos a representação das partes principais de uma habitação, destacando a presença das rochas e minerais nos mais diversos equipamentos do nosso dia a dia.
Também este piso é destinado às exposições temporárias onde nesta altura se encontram as rochas que marcam o solo e o subsolo de Portugal.
Fotos:Alcides Riquito