A Poetisa da beira-Paiva
Este Programa, que será emitio, no próximo domingo, ente as 9 e as 10 horas, com reposição na quinta-feira seguinte, das 23 à meia noite, pode ser ouvido na internet através do site http://www.lafoes.eu/ na emissão on line.
De uma palavra calada, o mundo fica suspenso (…) Tudo depende da cor da palavra (…)
De uma palavra de ordem, o mundo fica suspenso (…)
Como tinha sido prometido, o próximo programa de O Som da Gente é dedicado à produção literária da escritora Aurora Simões de Matos, a poetisa da beira-Paiva.
Distinguida com diversos diplomas de louvor, reconhecimento e mérito é o bem-haja das gentes da sua terra natal, Meã, que mais lhe enche o coração.
Aurora Simões de Matos, viu a luz do mundo na encosta nascente da serra do Montemuro, trabalhou no Douro, em Lamego, e hoje vive no Porto.
Esta ligação entre a serra e o mar nota-se na sua poesia, nomeadamente na obra Uma Palavra: metade do meu ser cheirava a serra, metade do meu ser sabia a mar…
Na mistura das águas do Paiva com as do Douro, no verde das montanhas ou no azul do céu, se escondem as palavras da poesia que a Aurora vai divulgar no próximo programa de O Som da Gente.
Para além de cantar a sua Paiva e as gentes, que a admiram e dela se servem, na sua obra, a Aurora não esquece os seus familiares mais chegados como o pai, Agostinho Gralheiro, homenageado no poema à Sombra do Cruzeiro ou o avô materno lembrando emocionalmente na poesia Meu avô foi pescador.
A autora não deixou de nos confessar que é, nos momentos de saudade e de alguma melancolia e tristeza, que escreve as melhores poesias.
Quando a morte vier travar meus passos
e o meu corpo inerte for enfim
a inocência da terra adormecida,
a sombra do cipreste
guardará para sempre o meu segredo
e o silêncio não será mais grito,
nem o meu grito será mais silêncio(…)
Na declamação da maior parte das poesia, a autora teve o acompanhamento, à viola, da sua neta Margarida que já revela um talento musical extraordinário. Quem sai aos seus não degenera…
Como escreveu o Dr. Arménio Vasconcelos, no prefácio do último livro da Aurora, ainda bem que aparecem poetas para cantar e valorizar as mulheres e os homens da beira-Paiva.
Na declamação da maior parte das poesia, a autora teve o acompanhamento, à guitarra, da sua neta Margarida que já revela um talento musical extraordinário. Quem sai aos seus não degenera…
Como escreveu o Dr. Arménio Vasconcelos, no prefácio do último livro da Aurora, ainda bem que aparecem poetas para cantar e valorizar as mulheres e os homens da beira-Paiva.
Fotos:Alcides Riquito