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O SOM DA GENTE

O SOM DA GENTE

21
Nov14

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O próximo programa de O Som da Gente continuará a andar pela freguesia de Monteiras, no concelho de Castro Daire.

Ouviremos músicas do Rancho Folclórico da Relva que foi criado com o patrocínio da Casa do Povo de Castro Daire e agora está sob a responsabilidade da Associação Desportiva, Cultural e Recreativa Relvense.

Américo Silva, natural da Relva e actual Presidente da Junta de Freguesia de Monteiras está ligado a este Rancho desde os anos setenta do século passado.

No que toca à música e, para além do rancho folclórico, a associação da Relva tem levado a efeito, anualmente, em Abril ou Maio, os já afamados encontros de cantadores ao desafio e tocadores de concertina.

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A par do folclore, Américo Silva tem enveredado, nos últimos tempos, pelas cantigas ao desafio a que também chamam desgarradas.

A capa do CD áudio que publicamos é o seu décimo trabalho discográfico. Aqui, Américo Silva canta com Adília de Arouca ao som da concertina do Joel Gonçalves da Granja.

Assim, no próximo programa de O Som da Gente, na antena da Rádio Lafões, Américo Silva vai falar-nos dos muitos nomes que na região se distinguiram e distinguem nas cantigas ao desafio. Vai ainda exemplificar os diversos estilos deste género de música popular: o fado beirão, o tradicional da serra de Montemuro, a cana verde, à moda do Minho, e o fado português.

14
Nov14

MONTEIRAS

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A freguesia de Monteiras fica a cerca de onze quilómetros, a norte de Castro Daire, a sede de concelho.

Geograficamente fica situada entre a serra do Montemuro, a poente, e a de Leomil, a nascente. A cerca de 920 metros de altitude, os terrenos são húmidos e frios limitando-os no que diz respeito à produção agrícola.

No início da nacionalidade, D. Afonso Henriques terá entregue a Egas Moniz a tarefa do povoamento destes lugares.

Monteiras terá sido constituída paróquia por volta do século dezasseis. Actualmente pertence à diocese de Lamego, embora, administrativamente esteja inserida no distrito de Viseu.

Foi junto à igreja matriz das Monteiras que o actual pároco, o padre José Alfredo Patrício, nos falou desta terra e das suas gentes e nos mostrou o actual templo com uma arquitectura em forma de cruz.

Segundo o que contou à Rádio Lafões, as principais obras realizadas nesta igreja devem-se ao padre Anselmo Fernandes que, para além de cuidar das almas, trouxe para esta terra modernas técnicas agrícolas que conseguiram aqui a produção de fruta, nomeadamente morangos.

Para além do padre Anselmo Fernandes, outros nomes consagrados da vida regional e nacional tiveram as suas raízes nas Monteiras como foi o caso do célebre pregador monsenhor Pereira Pinto que tem a campa dos pais preservada no adro.

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O interior da igreja, bem cuidado,o à semelhança do espaço envolvente exterior, revela-nos, na capela-mor, interessante talha dourada e o tecto em caixotões. No corpo da igreja, dá nas vistas interessante lambril em azulejos e o baptistério, numa capela lateral, à semelhança do que acontecia nos princípios da vida da Igreja.

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O padroeiro da paróquia das Monteiras é o Divino Espírito Santo. Os restantes lugares da freguesia têm também o seu patrono. Carvalhas venera Nossa Senhora das Dores, o Eido, Nossa Senhora dos Prazeres, a Relva o S. João, numa capela que o padre Anselmo deslocou, pedra a pedra, do fundo para o cimo do lugar.

Colo de Pito está consagrada à Senhora da Saúde.

É neste lugar, mais propriamente no Alto do Torrão, que hoje se pode admirar o parque de Nossa Senhora da Saúde, na foto, uma obra interessante da actual Junta de Freguesia das Monteiras.

Para além deste lindo parque, situado num ponto que nos oferece magnificas paisagens, Américo Pereira da Silva, o actual Presidente da Junta, mostrou à reportagem da Lafões obras de restauro importantes em todas as povoações num grande respeito pela história destes lugares.

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Um dos ícones da freguesia das Monteiras é Senhora da Ouvida. O padre José Alfredo falou-nos da história desta capela, hoje santuário, que teve, à semelhança do que aconteceu na igreja matriz, na acção do padre Anselmo Fernandes a obra que hoje se pode admirar entre a Nacional 2 e a A24.

A Senhora da Ouvida, que tem a sua festa a 3 de Agosto, é uma das maiores romarias da região. Para além da festa religiosa, hoje está transformada em grande feira que, da véspera ao próprio dia, traz aqui milhares de romeiros e visitantes.

Para além dos tradicionais cantares ao desafio, principalmente na noitada, no dia, a luta ou chega de bois já tem fama e é um número que nunca falta no programa das festas de Nossa Senhora da Ouvida.

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Foi com muito e justificado orgulho que o Presidente Américo Silva nos falou desta festa destacando as obras feitas no parque e a colocação, em frente da capela, de uma imagem gigante de Nossa Senhora da Ouvida como que saudando os automobilistas que rapidamente passam ao fundo, na estrada que liga o norte ao sul do país, Chaves a Faro.

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Foi também com muito gosto que o presidente nos levou ao lugar que o viu nascer, a Relva.

Logo à entrada, uma extensa laje, eira comunitária, bem arranjada e enquadrada, fica para a posteridade como marco do trabalho árduo, no granjear do pão, que caracterizou a vida dos nossos antepassados mais recentes.

Cereal, milho e centeio, que depois de malhado e seco na eira, algum  era moído no único moinho de vento que ainda hoje se pode ver em funcionamento no distrito de Viseu.

Este moinho construído por Joaquim da Silva foi recentemente recuperado pela Junta de Freguesia e pelos herdeiros do Sr. Joaquim, actualmente emigrados na América.

Fotos: Alcides Riquito

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