O REI DO MINÉRIO
Actuais ruínas das minas de Regoufe onde Agostinho Gralheiro foi capataz e depois patrão. Estas eram dos ingleses enquanto que as de Rio de Frades, a cerca de 10 quilómetros de distância, eram dos alemães
Agostinho Gralheiro nasceu em 1900, no arranque exacto do século passado, e é um dos nomes que entrou no nosso imaginário colectivo.
Nascendo do nada, chegou a ser um dos maiores na região, em dinheiro, em fama e outras coisas.
Era um homem inteligente com queda para o negócio.
Depois de se empregar, em Lisboa, num armazém de vinhos, é na sua terra, entre o S. Macário e a Freita, ligado à Companhia Brown, que chega a milionário, com a exploração do volfrâmio
Entre a I e a II Grande Guerra, foi ainda ferroviário, em Lisboa. Com a extradição de mister Brown por Salazar, Agostinho Gaspar Gralheiro fica com as minas do seu antigo patrão (as principais eram as de Regoufe) explora-as e vende-as, com o fim da guerra, por treze mil contos. Na época, era muito dinheiro.
É esta figura que O Som da Gente recorda no próximo programa, na palavra do seu filho, o advogado Jaime Gralheiro, comunicador nato e uma figura da cultura nacional.